Mais um café!... Atentemos ao presente... façamos um esforço... merda.
Um passeio, isso, demos um passeio, pelo mundo, pelo país – sejamos francos! – pela mesa do lado. Agora, é quando podemos. Agora, vamos descobrir a que corresponde este fim, qual o seu rosto. Viveremos, agora que todo acabou, como quem faz um desenho, levemente, sem pressa sobre uma toalha de papel.
Lá está ele... sempre o mesmo... o homem da mesa do lado. Cabelo negro, meio oleoso, e um rosto, como todos os outros rostos, amarelado, permanentemente marcado por uma brilhante, e aparentemente indelével, marca de suor. Os olhos do homem da mesa do lado não são visíveis, são apagados pela sua aparência disforme que, sejamos francos, sugere a presença de minúsculas pragas que lhe infestam o corpo. É este o seu rosto.
Estamos fartos, é cansativa a mesa ao lado, pesada, algo escura, e sobretudo malcheirosa. Estamos cansados, curiosamente nenhuma outra mesa se encontra ocupada, convém referir que afinal de contas isto já fechou... não há mais nada onde repousar a vista... façamos um esforço. O homem da mesa ao lado está à espera, pelo menos foi o que uma vez disse, em tom de confidência, ao empregado: “ando a ver se me pagam o que devem...”. Foi a única vez que o ouvimos falar. Aparentemente trabalhou... nunca recebeu... se receber não terá dias diferentes. Não deve ser muito, nunca deve ter feito grande coisa.
Que hora ingrata para esperar por dinheiro... o homem da mesa ao lado, no entanto, ainda espera. Parece que hão de vir acertar contas. Num sitio tão sujo e monótono nunca ninguém aparecerá para acertar contas, disso, nos dias que correram todos para aqui, estamos certos... resta-nos o calor fétido que emana o homem da mesa ao lado, à falta de melhor esperamos com ele.
Um passeio, isso, demos um passeio, pelo mundo, pelo país – sejamos francos! – pela mesa do lado. Agora, é quando podemos. Agora, vamos descobrir a que corresponde este fim, qual o seu rosto. Viveremos, agora que todo acabou, como quem faz um desenho, levemente, sem pressa sobre uma toalha de papel.
Lá está ele... sempre o mesmo... o homem da mesa do lado. Cabelo negro, meio oleoso, e um rosto, como todos os outros rostos, amarelado, permanentemente marcado por uma brilhante, e aparentemente indelével, marca de suor. Os olhos do homem da mesa do lado não são visíveis, são apagados pela sua aparência disforme que, sejamos francos, sugere a presença de minúsculas pragas que lhe infestam o corpo. É este o seu rosto.
Estamos fartos, é cansativa a mesa ao lado, pesada, algo escura, e sobretudo malcheirosa. Estamos cansados, curiosamente nenhuma outra mesa se encontra ocupada, convém referir que afinal de contas isto já fechou... não há mais nada onde repousar a vista... façamos um esforço. O homem da mesa ao lado está à espera, pelo menos foi o que uma vez disse, em tom de confidência, ao empregado: “ando a ver se me pagam o que devem...”. Foi a única vez que o ouvimos falar. Aparentemente trabalhou... nunca recebeu... se receber não terá dias diferentes. Não deve ser muito, nunca deve ter feito grande coisa.
Que hora ingrata para esperar por dinheiro... o homem da mesa ao lado, no entanto, ainda espera. Parece que hão de vir acertar contas. Num sitio tão sujo e monótono nunca ninguém aparecerá para acertar contas, disso, nos dias que correram todos para aqui, estamos certos... resta-nos o calor fétido que emana o homem da mesa ao lado, à falta de melhor esperamos com ele.