Sentado à secretária, no final de uma noite longa, de frente para o papel ainda vazio, o criador dá um breve suspiro: “É isto… não é isto?”. Debruça-se sobre a folha em branco e rabisca qualquer coisa sobre uma fada.
O quadrado circular não existe em nenhum mundo possível. E assim se cria o mundo… Um quadrado circular é um quadrado a girar sobre o seu centro; trata-se no fundo da revolta da geometria, do espancamento da lógica sem qualquer razão. Fixar o quadrado circular é contemplar o mundo.
“Dias etéreos…” Acrescenta mais qualquer coisa, contorce-se um pouco na cadeira e solta uma leve bufa, que lentamente, como um dia que clareia, envolve todo o quarto e segue caminho.
É este o material da criação.